01- Exuria Exú
02- Paóo para um Djagun
03- Oxóssi é Caçador
04- Atotô Meu Pai
05- Saravá o Povo Africano
06- Okolofé Mamãe Oxum
07- Eparrei Mamãe Iansã
08- Louvação a Xangô
09- Rainha do Mar
10- Saluba Nanã Buroquê
11- Salve os Erês
12- Epe Epe Babá
13- Zambi Maleme
Lançamento: 1974, selo: RCA/CANDEN
Nota:Pela capa já podemos antever o que há no disco. A imagem de uma galáxia nos induz a imaginar uma produção à lá Sérgio Mendes, ou bem que poderia ser um disco de Rock Progressivo, mas não, é o “Rei do Candomblé” em sua mais ousada obra: José Ribeiro realizou uma verdadeira superprodução, mas não uma superprodução qualquer, dessas que se vê hoje nos estádios, organizados pelos evangélicos. Não!! O homem fez uma obra daquelas de dar inveja aos produtores do U2.
Minha gente, esse disco tem orquestra completa, com cordas e metaleira, percussão de inúmeras peças que de ouvido é até difícil de se identificar, tamanho o número de instrumentos. São congas, claves, atabaques, timbales, bateria, etc. etc; São guitarras, violinos, teclados, baixo, coral dos “Ogans”, afinadíssimo (com exceção do próprio José Ribeiro que não era cantor, mas não faz feio).
A captação, a mixagem, os arranjos parecem terem sido feitos para um especial da Rede Globo, tamanha a megalomania da proposta. Um absurdo para a época e mesmo para os padrões de hoje. Com tudo isso, o disco tem a obrigação de ser bom, e é um show de ritmo!! As composições são de Alberto Paz e o auto intitulado “Rei da Umbanda” na época, Tancredo da Silva Pinto prefacia esta bela ousadia faraônica!